quarta-feira, 20 de julho de 2011

Amor em Prosa

Quando abri essa página hoje, não tinha história nova nenhuma pra contar. Daí, pensei em falar de dor, de paixão e de amor ... Porque de dor por causa de paixão e amor todo mundo tem um pouco pra contar. Até brinco dizendo que a paixão inspira e o amor é quem leva a fama. Cá pra nós, amor sem paixão não tem chama. E quando não dá certo, é certo a lama (vulgo dor).
 
E aí... Ah, aí se você tem pena, rabisca. Se pinta, se arrisca. Se dança, flutua. Se canta, choraminga churumelas de saudade. Se toca, viola (do verbo 'violão'). Exageros e "inventices" à parte, de alguma forma a dor se transforma como quem diz – "há vida ainda!" E você se ajuda. E o sangue ferve. E só assim, virando arte, um amor vale a pena viver ou ter sido, mesmo deixando um coração aos pedaços de tão partido.stando ou deixando um coraçdo nsidoenho sorte, me vem com melodia junto. aos pedaços......... aos a a ao Já me esqueci de quantas vezes me partiram o coração e, se quer saber, achei foi "bão" porque todas as vezes deu em canção - uma, duas, três... Eles, os amores, se foram, elas não. Desconhecidas, acabrunhadas, completas ou não, mas férteis, sempre férteis, à espera de um dia se ouvirem tocar além das minhas quatro paredes.
 
Já viu coisa mais difícil de deixar ir embora que um amor? Esconder a dor pode até ser uma virtude, mas transformá-la em arte é um talento. Já me esqueci de quantas vezes me partiram o coração e, se quer saber, achei foi "bão" porque todas as vezes deu em canção - uma, duas, três... Eles, os amores, se foram, elas não. Desconhecidas, acabrunhadas, completas ou não, mas férteis, sempre férteis essas minhas canções, à espera de um dia se ouvirem tocar além das minhas quatro paredes.
 
Eita, papo esquisito... Há dias esquisitos mesmo. E como eu digo – “quem nunca sentiu um num sei quê que vem num sei de onde, num sabe o que é se sentir num sei como”. É um quê de como se dissesse ao mundo, fosse ir à forra.
 
Os dias chuvosos são mais propensos pra gente se sentir assim. Digo, ao menos pra mim. Vai se saber o porquê! Talvez porque as chuvas lavem o chão como as lágrimas o olhar. Em dias assim, lá, acolá ou aqui na roça os bichos se calam, outros se enfurnam e eu ... Bem, eu me embrulho e escrevo como já disse, porque tenho pena, uns poemas e versos livres que, quando tenho sorte (e sempre tenho sorte), me vem com melodia junto; sem compromisso nenhum com certo estilo ou moda. Mas são pura prosa em poesia.
 
Na verdade, hoje nem chove, mas segue uma de quando chovia por hoje estar me sentindo como se chovesse e num sei como. Tem um link pra você ver como ficou a melodia. Desculpe o violão, coitado! Pela cantora, peço desculpa não, posto que é só uma compositora, mas, não, mais uma. (rs) Inté!
 
Engano

 Tava uma chuva danada

Não fiz nada, só pedi abrigo

De graça são abraço apertado

Abrir de porta, prosa e sorriso


Não iam te fazer falta

Eu não ia te machucar

Doído? Eu que estava

E cabisbaixo de tanto chorar


Engano é o que mais se sucede

E, por vezes, a um só bem mais

E a esse, que (ele) só se perde

Diga se for capaz

De olhar nos olhos de quem se ama

E não ver mais nada de amor

Se noite fosse, mas (essa) nem reclama

Inda é sol. Nem tarde chegou.









domingo, 17 de julho de 2011

N´algum lugar, além do horizonte.

Costumo dizer que pra se entender melhor o cerrado comece por traçar uma reta no horizonte. Porém, aqui, acolá, há uns montes metidos à montanhas. Vou falar de um lugar bonito, além do horizonte, bom para pescar, almoçar, descansar em paz e que tem uns montesinhos desses.      



Para quem mora no centro de Brasília é mais fácil e perto de chegar pela ponte JK. Segue por ela como quem vai para o jardim Botânico, rumo à Rodovia Diogo Machado DF 140, Reseva by Santa Mônica. Daí, mais alguns condomínios (coisa que mais tem por aqui), Jardim ABC (onde foi filmado parte da saga de "Eduardo e Mônica") e, então, depois de mais ou menos 50 Km, a contar a viagem desde o início ... Bem, é bom dar uma paradinha básica pra perguntar a algum "fi de Deus" pelo caminho se você está indo no rumo certo.


Quem é dos arredores da capital pode pegar a BR040, rumo ao Valparaíso de Goiás, seguir pela Cidade Ocidental. Daí, Dom Bosco, Mesquita, mais uns povoados e, então, uns 55 Km depois, a contar a viagem desde o início... Bom, também aconselho parar pra perguntar pra outro ‘fi de Deus’ a direção (rs). Sei que tem 'uma placa só' indicando “Cia do Peixe”, mas essa adora brincar de pique-esconde. Achando-a, mais uns 10 Km de estrada boa de chão e ‘tanah’: seja bem-vindo à Cia do Peixe!
Vista aérea da Cia do Peixe
Além da piscicultura cria e recria de peixes, funciona um pesque-pague com infra-estrutura de bar e restaurante onde são servidos petiscos deliciosos e pratos de uma comidinha bem caseira e feita na hora.







O peixe pescado é pesado e entregue limpinho. Da última vez que pesquei, duas tilápias enoRmes, paguei R$ 11,00 por cada Kg. Tão grandes eram, que foram necessárias duas viagens para transportá-las. O quê? Conversa de pescador? Né não! (+rs)


Cercado por uma vegetação típica do cerrado, os donos do local mostram uma preocupação toda especial com a preservação do meio ambiente, buscando minimizar os impactos da degradação do planeta.
Eis aí o meu lugar e visão prediletos
Veja aí as figurinhas que sempre aparecem pra almoçar com a gente:




Bem, é essa a dica do pessoaR aqui da roça prum belo sábado ou domingo. Inté +.


Ah, segue o site para maiores detalhes:


http://www.ciadopeixe.com/


E antes que eu me esqueça, levando uma rede, tem onde armar pra embalar a preguiça, viu?

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Às flores do meu quintal

Quando cheguei nesta terra de ninguém e de todo mundo, confesso que ainda não usava saltos altos. Evidentemente, em sentido metafórico pois, sem eles, não sou eu ou, melhor, cadê eu? Pisava devagar, desconfiada e calçada em sandálias mais baixas e confortáveis – aquelas que deixam as marcas da humildade. #Sacumé – precisava ser aceita, receber mais convites, freqüentar mais as TLs... Mas desde sempre fui exigente com followers. Pensava: “se quero ser boa nisso aqui um dia, preciso me juntar aos bons”.
Humildade não é humilhação. Pra que fique claro.
Como sempre gostei de ler mais gente que livros, logo me senti em casa e aprendi o real significado de uma canção na parte que diz: ‘É preciso conhecer o sabor das massas e das maçãs’. No início, seguia mais celebridades, mas, daí, logo vi que essas não eram os arrobas mais interessantes. Se você quer mesmo se divertir e aprender a tuitar, são às massas que deve se misturar.
Coisa que aprendi aqui na roça, além de  prezar pela humildade, é a importância do bom humor - rir das próprias besteiras, admitir os erros, ‘cortar jaca’ pra quem merece por um pensamento brilhante ou outro nem tanto assim, responder a um simples bom dia com um sorriso na mão, e por aí vai... Nossa TL é uma ruela desse mundão sem porteira que é o twitter, pessoaR, e nossos followers são nossos vizinhos. E mesmo tendo alguns um gosto duvidoso, ao nosso ver, não devemos esquecer que brega é aquele que  nos acha cafona. Assim, andemos mais leves e relevemos um meio termo.
Alguns followers se destacam mais por terem sido nossos primeiros ou por mantermos contato quase que diário, como é comum com almas que se identificam. Vou citar alguns só pra exemplificar, e os cito aqui sem nenhuma ordem de grandeza e/ou sentimentos => @Noh_Olive @Lu_Martyns @DannyPimenta @mah_lisa @BREUdaTOCA @Esculachao @shebarros @taispsantana @simples_erika @Clarinha_mel @LillianKSS @souquemsou2 @Marcuslash @Multifacetadoo @hassassim @susana_efe @henriquerdyas @RealDJMynno @fabianaratisBR @irapuansobral @RadioRockPuro @lelebond07@_kisseJ @DilceiaPimentel @melneves4 @Renato_Livre @jack_jizzpump @isaacmarinho @Didi_da_Matta @tonylopes  ... E mais a uns 2.120 followers adicionados um a um, bio por bio, em pouco mais de um ano, quero agradecer demais a companhia!
Eis o Mr. K e eu!
Aqui na roça é assim – cuidamos das rosas do nosso jardim e servimos sempre um cafezinho para alimentar, aquecer e fazer frouxa a língua dos amigos que chegam pruma prosa.
E por falar em café, preciso contar que ganhei um presente há muito desejado de um dos meus vizinhos – o @Kassatti, um dos editores do Blog Café & Conversa,  a quem tive a honra e o privilégio de conhecer pessoalmente há algum tempo. Ele e o @RomoaldodeSouza, a bordo do @CafeConversa, me deram as boas vindas e me mostraram a diferença entre um bom café e o carvãozinho de todos os dias. Em visita à 'Firma',  fui recebida com um delicioso 'Bourbon Vermelho'!

Como o Kassatti é fã incondicional do Tiririca, fizemos uma homenagem aos palhaços que somos. Meninas, que sorriso o dele, hein?!
Força na peruca!
O presente? A caneca do blog, ora, ora! Fácil não foi – mais de um ano de espera, milhares de pedidos em cartas com frente e verso, leio e comento artigos do seu blog, acompanho suas novelas, dou pitaco, meto o bedelho, aponto o dedo e, finalmente, meu valor foi reconhecido.
"The winner is..."
E ninguém pode dizer que a caneca é ‘fake’ – olha as carinhas dos caras aí, ‘mermão’! O que? Num tá dando pra ver, não? Pera ae...

"Um abraço e bom café!"

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Um "chêro bão" de baião!

Como numa análise, fui em busca de memórias afetivas para escrever esse artigo. Em especial, aquelas olfativas que, como dizem especialistas, são as mais fortes quando ligadas à emoção. E, de fato! Por vezes sinto o cheiro de coisas, pessoas e lugares que não mais - o cheiro da vila onde morei na infância em João Pessoa, das merendas servidas sobre uma mesa amarela com quatro cadeiras, das mãos da costureira que tecia minhas tranças. Amarelinha, pega-pega e pique-esconde? Tem cheiro pra mim – de “melissinha”, aquelas de tirinha. Lembro até do cheiro da minha primeira professora: Elizabeth! Ela tinha cheiro e cor de jambo. Uma delerência! Meu primeiro livro, aquele que me recordo e me orgulho de ter lido primeiro - Meu Pé de Laranja Lima –  tem cheiro de ternura. Sim, são mais que doces lembranças.

Josephine de Beauharnais
E o primeiro beijo? Ah, o primeiro beijo! É sempre inesquecível e, mesmo que não tenha sido tão gostoso assim, fica melhor depois e a cada encontro. L'amour, l'amour... Como o cheiro da pessoa amada inebria e vicia. Ninguém vê, não se ouve, tem veneno o seu toque, paladar não explica. O cheiro, sim. Napoleão, reza a lenda, certas vezes pedia para que Josefine nem sequer tomasse banho tamanha era sua tara no seu cheiro. Tem gosto mesmo pra tudo, ou melhor - olfato pra tudo! No meu caso, acho muito bom o cheiro da pele, sim, desde que esteja muito limpa, hidratada, perfumada. Não precisa ser com loção francesa, mas que seja.

"É nóis"
Exageros à parte, eu mudei e também mudei para o cerrado; tudo mudou e muda todo dia e a cada instante e pra todo mundo. A saudade que não... E por falar em saudade e não fugir do cheiro, seguirá aqui uma receita daquelas que enche uma casa de vida. Na Paraíba, chama-se "rubacão" que nada mais é, e que bom que é, a mistura nossa de cada dia - o velho e bom feijão com arroz. Noutras aldeias desse "Brasilzão"chamam-na de "arrumadinho" e 'baião-de-dois", como é conhecida em São Paulo - capital que abriga mais de 4 milhões de nordestinos nordestinados. Vale aqui lembrar que a receita ficou muito mais famosa e formosa quando fomentada pela dupla Luiz Gonzaga, o Gonzagão - rei do baião, e Humberto Teixeira na música "Baião-de-Dois".
São muitas as versões e variações dos ingredientes nessa receita. Algumas até sofisticadas demais se comparados à origem simples do prato. Segue, então, uma receita sem muitas firulas e com o sabor de infância pra lá de bem nutrida.
Ingredientes:


1/2 kg de feijão verde, ou feijão de corda, que é feijão verde já seco;
200 g de toucinho defumado;
1 paio (cortado em rodelas);
2 tabletes de caldo de bacon;
1 cebola grande picada ou ralada;
1 dente de alho amassado;
1 pimenta de cheiro amarela;
4 colheres manteiga de garrafa;
Salsinha ou coentro picado, de 1 colher (sopa) à 1 xícara;
2 e 1/2 xícaras (chá) de arroz;
150g de queijo de coalho (cortado em fatias finas).


Modo de Preparo:
·         Lave o feijão e o deixe de molho de véspera.
·         No dia seguinte, cozinhe-o juntamente com o paio e o caldo de bacon dissolvido em dois e meio litros de água fria.
·         Se usar o feijão mulatinho opte pela panela de pressão.
·         Tampe a panela e deixe cozinhar em fogo baixo por cerca de 1 hora.
·         Em outra panela, doure a cebola e o alho, na manteiga.
·         Junte o coentro e o arroz e refogue bem até ficar
 brilhante e um pouco transparente.
·         Acrescente o feijão e o paio já cozidos,
juntamente com o caldo.
·         Misture bem, tampe a panela e deixe cozinhar até
que o arroz fique cozido, úmido e com consistência
cremosa.
·         Durante o cozimento do arroz, se necessário adicione
água, tomando o cuidado para não deixar a mistura
ficar seca.
·         Junte a salsinha e mexa com cuidado.
·         Então, cubra a mistura com as fatias de queijo.
Tampe a panela novamente e deixe que o
vapor derreta o queijo.




Alguns sites sugerem servir a iguaria em uma travessa de barro acompanhado de: costelas de porco; mandioca frita; ovo frito; carne de sol frita ou assada; banana-da-terra cozida e picada ou com farinha de mandioca.


E a música de fundo, hein? Taí um capítulo (saga) à parte. Já sou indecisa por natureza e a variedade de opções inda me persegue! Mas, enfim, não quis chover no molhado escolhendo o velho baião "Baião-de-dois" de Gonzagão, nem coroar o baião com um jazz ou rock ou qualquer outra canção MPB mais requintada. Assim, sem mais quê nem quê lá, segue a trilha "Tareco e Mariola", do compositor e cantor pernambucano Petrúcio Amorim, meu vizinho de porteira, com direito à prosa e poesia do mesmo. Porque o Brasil é grande e suas cantigas tem seus olhos d´água fincos no sertão, gostem ou não. #Eitha!