sexta-feira, 22 de junho de 2012

Pergunte às Rosas



Não entendia das meias encardidas, das roupas esfarrapadas, unhas sujas e quebradas, das caras vermelhas enrugando-se fora de hora, dos corpos suados demais e mãos calejadas pra lá de demais. Não entendia - é passado.

Calça jeans desbotada e rasgada naturalmente, camisa xadrez, chapéu, bota e cinto com fivela? Não são mais fantasias de cowboy. Era tudo como uma brincadeira, faz de conta, diversão ... Era também é passado, mas, nesse caso, até que não.

Aprendeu a gostar e a ouvir mais o Silêncio, entender dormir com as galinhas e acordar inda no escuro. Assistir em tela de todas as dimensões um verde ora novinho, ora desbotando. Curtir a conversa com os bichos em prosa muito mais interessante. Com o bananal em cachos, a laranjeira em flor, só tem inveja agora é de nada. E olha que nem Mar tem. Pergunte às Rosas, olhe para a Horta, visite o Pomar ali tão pertinhos. Vão dizer que é isso, sim.

Ali se acha e viaja em sonhos de sonhador, guarda seu coração com fé num Criador. Fez o caminho de volta. No seu mundo tem porteiras. O diacho são as pontes!