quarta-feira, 17 de julho de 2013

O Bagaço da Laranja


      
 
       As frutas cítricas, de uma maneira geral, são ricas em vitamina C e fibras. A laranja é uma dessas que, também, além do alto teor de água, tem baixo teor calórico, é rica em ácido fólico, potássio e magnésio.

       O bagaço? Pois bem, nele está a pectina, que diminui a assimilação de gorduras, combate doenças e, o que é melhor, tem zero de caloria. A parte branca entre os gomos de uma laranja pode ser até mais preciosa que o sumo. Também contém pectina, uma fibra solúvel que, no intestino, vira uma espécie de gel que emagrece e faz bem para a saúde. É assim: quando o tal gel se forma, é capaz de diminuir a assimilação de açúcares e gorduras e também impedir a reabsorção do colesterol. Mais: além de ajudar a combater a taxa de LDL (colesterol ruim), a pectina é benéfica até para quem tem diabete, já que controla a taxa de glicose no sangue. O bagaço é, assim, ótimo para as paredes do intestino, pois desintoxica.
 
      Por isso, cada vez que comemos o bagaço da laranja estamos aproveitando o que há de melhor na fruta. A fibra encontrada nele é uma espécie de ‘detergente’ para o organismo, já que promove uma eficiente varredura retirando metais e toxinas (provenientes tanto de frutas e verduras com agrotóxicos como de poluentes) indesejáveis no corpo. O bagaço ainda ajuda na digestão dos alimentos gordurosos, favorecendo o trabalho dos intestinos grosso e delgado. Então, será por isso que a laranja sempre acompanha feijoadas e churrascos? Exatamente!

       Da laranja se aproveita é TUDO! A casca? A casca da laranja (descascada sem a parte branca e seca naturalmente) pode ser utilizada para condimentar biscoitos, bolos e fazer chá. A parte branca deve ser ingerida comendo-a junto com a fruta pois também tem fibras e ajuda a absorver melhor a vitamina C da fruta. As sementes você separa e planta nos canteiros ou no seu jardim ou no fundo do seu quintal ou no seu sítio ou na sua roça. Plante!
 
       Descolei uma receita maravilhosa de um bolo feito com o bagaço da laranja. Seguem a receita e o modo de prepara-la:
 
Ingredientes:
- 3 ovos;
- 1 xícara de chá de óleo;
- 1 xícara de chá de açúcar;
- 2 xícaras de farinha de trigo;
- 1 colher de sopa de fermento em pó;
- 1 laranja inteira, INTEIRA, picada com casca e bagaço (só sem as sementes).
 
Modo de preparo:
Bata no liquidificador a laranja, os ovos, o óleo e o açúcar. Numa tigela, misture o fermento à farinha e, daí, misture todo o conteúdo do liquidificador mexendo cuidadosamente e sem bater. Coloque tudo numa forma untada e devidamente enfarinhada e leve ao forno preaquecido para assar por, mais ou menos, 30 minutos. Pronto!
       Então, 'mofi', se lhe sobrar apenas o bagaço da laranja, não vá chorar nem ranger os dentes. Agradeça e aprenda a fazer bom uso desse para se fortalecer, ficar saudável, magro(a) e lindo(a).

       Por isso que gosto da roça, respiro roça e canto a roça como quem canta sua aldeia: ela até pode não ter tudo, mas tem, além de laranja, tudo que gosto e preciso, só que muito mais. Apenas não me confoRmo de ter desprezado a laranja na canção abaixo. Snif!




 

 

 

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Forró "For All"

       Dança típica da Região Nordeste do nosso país e especialmente apreciada nas festas juninas, o forró é uma espécie de associação de vários ritmos, como quadrilha, xote, baião, xaxado, tocados tradicionalmente pelo trio: sanfona, zabumba e triângulo. Esse forró se tornou um fenômeno popular devido às canções na voz de Luiz Gonzaga, o Gonzagão (que até hoje é reverenciado), na década de 50, e, não podemos esquecer, por conta também da imigração de inúmeros nordestinos para diversas regiões do país.

      Quanto à expressão – forró – não há consenso. Há quem diga que vem do inglês “for all” (para todos), o que é facilmente descartado pela história, e há quem defenda de forma substancial, como o filólogo pernambucano Evanildo Bechara, que é uma variante do antigo galego-português forbodó, relacionando o termo a farbodão, do francês faux-bourdon. E por aí vai.

      Sem entrar no mérito dessa questão nem ir muito além do forró tradicional, o chamado pé-de-serra (meu preferido), a temporada de forró está aberta Brasil afora que, geralmente, vai do mês de junho a meados do mês de agosto. E, claro, que tanto aqui na roça, como nas roças e arraiais vizinhos, povão se junta com frequência para os arrasta-pés, bate-chinelas, fobós, forrobodós, quadrilhas.
 
       Segue aí a letra e o vídeo de um forrozim dos bão pr’ocês de autoria da “humiRde” compositora aqui. “Óia a cobra! É mentira, Zé.”

 
NA COR BRASIL

HOJE QUERO DANÇAR FORRÓ À LUZ DO CANDEEIRO

ALUMIA AQUI, ALUMIA ALI, ALUMIA ESSE TERREIRO

DEIXA A POEIRA SUBIR E SUOR NA PELE É TEMPERO

QUERO UM SANFONEIRO MULATO

UM ZABUMBISTA BRANCO, UM PANDEIRISTA CAFUSADO

NO RITMO BRASILEIRO: QUADRILHA, XOTE, BAIÃO, XAXADO

 (VEM, VEM)

VEM PRO TERREIRO, VEM DANÇAR A MAIS DE MIL

MISTURAR SUOR E POEIRA NA COR BRASIL

 NO CHÃO DE PURO BARRO

FORRÓ É BOM QUENTE FEITO BRASA

ATÉ NASCER O SOL ALUMIANDO O CAMINHO DE CASA
 

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Só "riNU" mesmo


       O mexerico também existe na roça. Opa, e como! Mas, graças a Deus, na sua maioria (o que quer dizer nem sempre), não são fuxicos do tipo incendiar uma plantação.
      Soubemos, por exemplo, que na roça vizinha (uns dois quilômetros pra baixo daqui) Fulano foi demitido por causa de Siclana que negou um pé de coentro para Beltrano. Vale explicar que Beltrano é patrão de Fulano que, por sua vez, é casado, junto, amigado, com Siclana.
      Daí, que eu digo: à frente de um fulano quaRqué tem sempre uma siclana que mal lhe queR. Ah, quem nos contou foi o próprio Fulano a chorar sem saber o que fazer com a escadinha de pequenos (penca de cinco) de bocas abertas a lhe esperar em casa. É, a vida seria mais fácil se num fosse difícil.
      Moral da estória: não vá dormir com o inimigo(a) que ocê vai se dar mal. Batata!

      E por falar em batata, segue uma receita muito apreciada aqui na roça, mais por mim, evidentemente, por ser fácil, rápida e muito econômica - "batata gratinada".

Ingredientes:

  • 1 kg de batatas em rodelas grossas cozidas al dente com sal
  • 1 caixinha de creme de leite
  • 100 g de mussarela picada
  • Orégano e queijo ralado a gosto
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    Modo de fazer:
     
    Coloque em um refratário untado as batatas, a mussarela, o creme de leite, o orégano e o queijo ralado. Leve para gratinar por 20 a 30 minutos. Pronto!
         
          "Inté" a próxima!