domingo, 2 de outubro de 2011

Festa na Roça

Se tem festa na roça, os roceiros passam o dia arrumando os ‘trem’ – roçam ali, lavam aqui, limpam acolá ‘pra mode’ os festeiros acharem tudo lindo e brilhando.  E, antes das seis da tarde, já está tudo 'nos trinques' à espera do povão. Sim, isso porque a folia costuma começar cedo na roça, antes mesmo da Lua subir.





Vem gente de toda a redondeza - parentes, aderentes, vizinhos, amigos,  conhecidos e, até, convidados dos desconhecidos. Afinal, a festa é na roça, é sinônimo de fartura e boca livre – tem arroz de carreteiro, frango caipira, feijão tropeiro e, é claro, as tradicionais iguarias do milho: pamonha, curau, broa, bolo, canjica.


Pra dar ainda mais 'sustança' tem amendoim, cocada, rapadura, doce de leite com queijo, marmelada ... Veja bem, olhe bem, preste atenção! Tem como algum ser humano resistir a tanta coisa gostosa assim junta e misturada? Eu não resisto e nem ligo - deixo pra pensar nos quilos a mais amanhã que, no caso, é hoje (snif).






No fogão à lenha é que são preparadas a maioria das guloseimas. Destaco o arroz de carreteiro que, embora seja originário da culinária do Sul, faz um sucesso enorme também na Região Centro-Oeste.



Segue a receita para um delicioso arroz de carreteiro -
Ingredientes para 6 porções:
3 xícara(s) (chá) de arroz cru                             
2 colher(es) (sopa) de óleo de soja
1 kg de carne seca
2 dente(s) de alho picado
1 unidade(s) de cebola ralada(s)
7 xícara(s) (chá) de água fervente
sal a gosto


Modo de preparo:


Coloque com antecedência a carne seca de molho, trocando a água por várias vezes. Melhor deixar em geladeira, por 24 horas. Cozinhe-a até que esteja macia e pique ou desfie. Refogue o alho e a cebola no óleo e junte a carne seca picada ou desfiada. Acrescente o arroz e frite bem, mexendo sempre. Adicione a água e baixe o fogo. Na hora de servir coloque por cima salsa picadinha. Deve ser servido ainda úmido, por isso, prepare na hora de servir.

Além da 'comilança', não faltam as 'biritas'. Às vezes falta cerveja, mas pergunte se falta pinga!



A alegria dança ao som da sanfona do sanfoneiro ‘Zé’. Tem gente de chinelo de dedo, gente ‘chic’ de bota e até ‘muié’ de coque e de aplique. Gente de família, gente sem nome, sem eira ou beira e, muito embora, sem nenhum dente na boca não nega um sorriso de tão agradecido por estar ali.

Tudo isso, sem falar dos 'chiliques' por causa do ciúme depois que a ‘maRvada' pinga sobe pro quengo dos fracos das idéias.

Sei de um toco que tacaram no Tonico. Outro Tonho, de tantã, de tão tonto e de tanto rir, foi quem pagou o pato.

E o povo pula, grita, agita e dança e pede ‘pelo o amor’ que o tempo esqueça de avisar pro Sol que já é hora de desligar a Lua e alumiar a estrada de volta pro corpo ir descansar.






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