Ocês num vão acreditar. Dia
desses veio o leiteiro dar conta de que do lado de lá da represa e subindo mais
um bocado pros lados da estrada que corta a fazenda vizinha, foi vista uma onça
a estraçalhar uma novilha. Era uma onça preta, disse ele. Marrapá! Será que
inda existe uma espécie dessas pras bandas de cá? Só vendo, digo, num quero nem
ver, mas tomara que seja mesmo verdade.
Quando eu era menino, começa
a narrar mais uma de suas estórias o dono da roça, isso aqui não tinha tanta
onça já, mas vez por outra se ouvia o esturrar de uma bem perto da varanda. Depois
da construção de Brasília foi um extermínio só. Tinha de todos os tipos no
Cerrado – a pintada, a preta e a suçuarana. O esturrar, pra mim, era o mesmo. Eu
enfiava a cabeça debaixo do travesseiro por entre o cobertor como um tatu na
sua toca, rezando que o sono me pegasse antes dela.
Quanto a mim, o mais próximo
que cheguei de uma onça foi no zoológico mesmo ou nas Caçadas de Pedrinho (obra
de Monteiro Lobato)
Fuçando na Wikipédia e outros sites afins,
descobrimos que a onça-pintada, a onça-verdadeira como dizem, também
conhecida como jaguar, jaguarapinima, jaguaretê, acanguçu,
canguçu, é o terceiro maior
felino do mundo, após o tigre e o leão, e o maior do continente americano. Ocorria nas regiões
quentes e temperadas, desde o sul dosEstados Unidos até o norte da Argentina.
Está extinta em diversas partes dessa região. Nos Estados Unidos, por exemplo,
está extinta
desde o início do século XX, apesar de relatos de que possivelmente ainda
ocorre no Arizona.
Ainda pode ser encontrada em
ambientes de florestas tropicais, mas também é encontrada em
ambientes mais abertos. A onça-pintada está fortemente associada com a presença
de água e é notável, juntamente com o tigre, como um felino que gosta de nadar.
É, geralmente, solitária. Tem uma mordida excepcionalmente poderosa, mesmo em
relação aos outros grandes felinos. Isso permite que ela fure a casca dura de répteis
como a tartaruga
e de utilizar um método de matar incomum: ela morde diretamente através do
crânio da presa entre os ouvidos, uma mordida fatal no cérebro.
Embora o comércio internacional de
onças ou de suas partes esteja proibida, o felino ainda é frequentemente morto
por seres humanos, particularmente em conflito com fazendeiros e agricultores
na América do Sul. Foi o que aconteceu pras bandas
de cá.
A onça-parda
é também conhecida como suçuarana, onça-vermelha, dependendo da região. É um
felino nativo das Américas. Depois da onça-pintada, é o
segundo felino mais pesado do hemisfério ocidental.
Embora grande, a onça-parda
está mais relacionada aos felinos menores e é mais próxima geneticamente do gato-doméstico do que
com os verdadeiros leões. Os ataques a seres humanos são raros, apesar de um
aumento recente de frequência. Prefere habitats
com vegetação rasteira densa e áreas rochosas adequadas às emboscadas, mas
também pode viver em áreas abertas.
A
onça-preta, também conhecida por jaguar-preto, é uma variação melânica da
onça-pintada. Pensava-se que poderiam ser de espécies diferentes, mas sabe-se
hoje que a onça-preta e a onça-pintada são da mesma espécie. Observando-se
atentamente, são visíveis as rosetas e pintas típicas da onça-pintada contra o
fundo negro da pelagem da onça-preta. A onça com pelos escuros é um raríssimo
exemplar da natureza. Estima-se que apenas 3% do total de onças pintadas são
prestas.
Bem,
particularmente, acho bem difíciR uma espécime dessas andar sorrateiramente por
essas bandas de cá. Certamente, se assim for, é uma questão de tempo até que um
dos agricultores ou criadores de gado não deem cabo dela. O que é uma pena!
Separei dois vídeos - O berranteiro Serjão – o matador de onça e, em
seguida, uma sessão de nostalgia: um
vídeo da versão televisiva da obra de Monteiro Lobato “As Caçadas de Pedrinho”
em O Sítio do Pica-Pau-Amarelo. Como era bão ser criança!
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